Cancioneiro de Barroso
Eis algumas quadras para o nosso hino, transcritos do livro Cancioneiro Popular de Barroso de José Dias Baptista:
Alta serra do Larouco,
onde coalha a neve dura:
quem é firme é desgraçado,
quem é falso tem ventura.
Eu sei, meninas da vila,
quem por vosso rasto anda;
quem por vós arrsta a asa
como o galo faz à franga.
Adeus, adeus, Montalegre,
ao cimo tens um chorão;
e lá no galho mais alto
verdega o meu coração.
Não me atires com pedrinhas
que eu sou o mesmo penedo;
tenho coração de bronze
às pedras não tenho medo.
Vai o sol para a portela
chorar as penas que tem;
também choro as minhas penas
onde as não ouça ninguém.
Adeus, adeus ó Barroso,
carreirinho de formigas,
onde os rapazes se perdem
por causa das raparigas.
Quem tem o olmo à porta
da janela ripa a folha;
quem tem o amor de frente
pra outro lado não olha.
Além, além no Barroso,
não tarda que te vá ver;
e queira Deus que lá tenha
lacinhos pra me prender!
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